X-MEN NOIR, A MARCA DE CAIN – FRED VAN LENTE & DENNIS CALERO
“Fui aluna do professor Charles Xavier em Havard […] Ele ensina que a sociopatia é o próximo passo evolutivo da humanidade. Mas eu adotei suas teorias sob um prisma diferente. Acredito que a sociopatia é contagiosa”.
Sinopse
Fim dos anos 1930. Escondida nos recessos de um templo na selva de Madripoor se encontra a Joia de Cyttorak, desejada por muitas pessoas graças aos seus poderes lendários.
Essa mortal “caça ao tesouro” coloca os X-Men, do maligno Charles Xavier, no caminho de um grupo de bandidos liderados por Logan e contra o vigilante conhecido como Anjo!
Esta edição traz a segunda saga completa dos X-Men, reinterpretados sob a ótica noir, reunido mais uma vez a dupla Fred Van Lente e Dennis Calero, este último também assinando roteiro e arte de Arma X Noir: edição bônus que encerra este volume.
Eu particularmente comprei a proposta Noir da Marvel, de reinvenção dos personagens, num tom mais adulto e sombrio que uma série noir poderia trazer, imaginar os X-Men como bandidos psicóticos e sociopatas nos anos 30, em situações não tão comuns quanto a que já estamos acostumados com os heróis.
Mas o que posso dizer dessa HQ além de decepcionante?
O roteiro tinha tudo pra ser interessante, porque a sinopse te induz a isso, mas a história é fraca, confusa e a narrativa um tanto arrastada. Às vezes dá-se a impressão de que os personagens possuem poderes, em outros momentos não, o que deixou minha cabeça um tanto confusa, até que desisti de tentar imaginar o que era e o que não era.
“A linha entre a sanidade e a loucura é frágil, tênue… e irreparável.”
A arte é boa, mas o clima noir se perde nas páginas às vezes escuras demais (pretas mesmo), e em outras o tom adulto e sério que a obra deveria ter se perde nas censuras de palavras riscadas nas falas dos personagens e tão comuns quanto qualquer outra.
Em suma, a marca de Cain, é tão ruim quanto imaginei que seria bom…
A história bônus salva a HQ, apesar de ser trolado pelo título de arma X (obviamente só podeira pensar no Wolverine), porém é uma história sobre Kurt Wagner, o Noturno, mas pelo menos agora sim, um roteiro bem amarrado, uma narrativa fluida e ação na medida certa.
“Sei que é difícil ouvir isso, mas as pessoas fazem todo o tipo de coisa pelos motivos mais variados.”
Livro: X-Men Noir – A Marca de Cain
Editora: Panini Books
Roteiros: Fred Van Lente
Artes: Dennis Calero
Nota: 2/5
Páginas: 136